J. Robert Oppenheimer foi um físico teórico americano conhecido por seu papel central no desenvolvimento da bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial como parte do Projeto Manhattan. Sua vida foi marcada por realizações científicas significativas, mas também por desafios e controvérsias.
Julius Robert Oppenheimer nasceu na cidade de Nova York em 22 de abril de 1904, filho do rico importador têxtil Julius Oppenheimer e sua esposa, a pintora Ella Friedman Oppenheimer. A família Oppenheimer morava em 155 Riverside Dr., Manhattan, em um apartamento com finos móveis europeus, criados e pinturas originais de Picasso, Rembrandt e van Gogh. Robert era uma criança solitária e precoce que gostava de mineralogia e de escrever poesia. Os Oppenheimers eram uma família judia não praticante e enviaram o jovem Oppenheimer para a Escola de Cultura Ética, fundada nos princípios do racionalismo e do humanismo secular progressista. Já adulto, Oppenheimer disse que “minha vida quando criança não me preparou para o fato de que o mundo está cheio de coisas cruéis e amargas”.
Aqui estão alguns aspectos da vida difícil de J. Robert Oppenheimer:
Carreira Científica
Oppenheimer demonstrou talento para a física desde cedo. Ele obteve seu doutorado em física teórica na Universidade de Harvard. Ao longo de sua carreira, ele fez contribuições importantes para a mecânica quântica e a teoria das partículas, tornando-se uma figura respeitada na comunidade científica.
Projeto Manhattan
Durante a Segunda Guerra Mundial, Oppenheimer liderou a equipe de cientistas e engenheiros que desenvolveu a primeira bomba atômica dos Estados Unidos. O sucesso do Projeto Manhattan teve implicações profundas na história e na geopolítica do século XX, mas também pesou sobre a consciência de Oppenheimer, pois ele estava ciente do poder destrutivo da arma que ajudou a criar.
Controvérsia de Segurança
Após a guerra, Oppenheimer foi nomeado diretor do Instituto de Estudos Avançados de Princeton e continuou sua pesquisa em física teórica. No entanto, sua vida tomou um rumo difícil quando ele foi alvo de investigações de segurança do governo dos EUA durante a chamada “caça às bruxas” do período pós-guerra. Ele foi acusado de simpatias comunistas devido a associações anteriores com pessoas ligadas ao Partido Comunista e atividades políticas de esquerda durante a década de 1930.
Revogação de Segurança e Exílio Científico
Em 1954, Oppenheimer perdeu sua autorização de segurança e foi afastado do cenário científico de segurança nacional dos EUA. Isso teve um impacto devastador em sua carreira e vida pessoal. Ele continuou a fazer pesquisa não-classificada, mas seu papel na física teórica foi prejudicado.
Reabilitação Tardia
Eventualmente, em 1963, sua autorização de segurança foi restaurada parcialmente, e ele foi convidado a servir como consultor científico do governo. No entanto, sua carreira nunca se recuperou totalmente dos efeitos da controvérsia de segurança.
Legado
J. Robert Oppenheimer é lembrado como um dos cientistas mais influentes do século XX, tanto por suas contribuições científicas quanto por seu papel no Projeto Manhattan. Sua história também destaca os dilemas éticos e morais enfrentados por cientistas que trabalham em tecnologias poderosas e potencialmente destrutivas. Sua vida foi marcada por triunfos científicos e desafios pessoais e políticos significativos. Ele faleceu em 1967, mas seu legado continua a gerar debates sobre os papéis dos cientistas na sociedade e as implicações éticas de suas descobertas.