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A filha de Bianca Battista

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A filha de Bianca Battista. Em agosto de 1905, minha esposa estava grávida de três meses quando, deitada na cama e totalmente acordada, teve uma experiência com uma aparição que a afetou profundamente. Nossa filhinha, que morrera três anos antes, apareceu de surpresa para ela, com alegria infantil, disse baixinho as seguintes palavras: “Mamãe, estou voltando.” Antes de minha esposa se recuperar da surpresa, a figura desapareceu.

 

O caso surpreendente de A filha de Bianca Battista

 

Quando voltei para casa e minha esposa, ainda muito agitada pela experiência, me contou o fato, de início pensei que ela tivera uma alucinação. Ao mesmo tempo, não quis tirar dela a convicção de que estava recebendo um tipo de comunicação do céu; assim, concordei imediatamente com o pedido que ela fez de dar o nome da irmã mais velha falecida Bianca ao bebê que ia nascer. Naquela época, eu não tinha o conhecimento que obtive muito mais tarde de teosofia e poderia ter considerado insana qualquer pessoa que me falasse sobre reencarnação. Tinha bastante convicção de que a pessoa morre uma vez e não retorna ao mundo.

 

As semelhanças

Seis meses mais tarde, em fevereiro de 1906, minha esposa deu à luz uma menininha que parecia sob todos os aspectos com a irmã mais velha. Tinha os mesmos olhos grandes escuros e cabelo crespo e grosso. Essas características não afetaram a minha posição materialista; mas a minha esposa, encantada com o favor recebido, acreditava ter ocorrido um milagre e ter dado à luz a mesma criança duas vezes. Esta criança agora tem seis anos de idade e se desenvolveu precocemente como a irmã falecida, tanto emocional quanto intelectualmente. As duas garotas pronunciaram claramente a palavra “mamãe” aos sete meses de idade, enquanto nossas outras filhas, embora não fossem menos inteligentes, só conseguiram dizer a palavra aos doze meses.

Para melhor entendimento do que vou expor a seguir, devo mencionar que durante a vida da primeira Bianca tínhamos uma criada suíça chamada Mary, que falava apenas francês. Ela trouxe de suas montanhas nativas um tipo de cantilena, uma canção de ninar, que funcionava como se tivesse vindo diretamente da cabeça de Morfeu, pois tinha um efeito soporífero quando ela a entoava para a nossa garotinha.

Depois da morte de nossa filha, Mary voltou ao seu país, e encerramos todas as lembranças da canção de ninar, que tendia a nos fazer lembrar de nossa filha perdida. Nove anos se passaram e tínhamos nos esquecido completamente da canção de ninar; quando aconteceu um acontecimento extraordinário que reavivou a nossa memória. Uma semana atrás, eu estava com a minha esposa no escritório, ao lado do quarto, quando ambos ouvimos distintamente a canção, como um eco distante. O som vinha do quarto ao lado.

A mesma música

No início, nós dois nos mexemos perplexos e não reconhecemos a música como vinda de nossa filha. Ao entrarmos no quarto, vimos a nossa filha, a segunda Bianca, sentada na cama e cantando a canção com o mais perfeito sotaque francês. Era certo que nunca tínhamos lhe ensinado. Minha esposa, tentando não demonstrar nenhuma surpresa, perguntou-lhe o que estava cantando. Bianca respondeu que era uma música francesa. Ela não conhecia uma palavra em francês, além de algumas que as irmãs tinham ensinado. Depois eu perguntei: “Quem te ensinou essa música? ” Bianca respondeu: “Ninguém. Aprendi sozinha.” Depois, ela continuou a cantar como alguém que nunca tivesse cantado qualquer outra coisa na vida.

A partir dos fatos que narrei cuidadosamente, os leitores podem escolher interpretá-los como quiser. Quanto a mim, cheguei à seguinte conclusão: os mortos retornam.

 

Um relato deste caso apareceu inicialmente na revista italiana Ultra em 1911 (Battista, 1911), que consistia em uma carta escrita pelo pai de Florinda Battista, capitão do exército italiano.

Fonte: www.ebookespirita.org

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