Encontro de compaixão na 2ª Guerra Mundial. Franz Stigler foi um piloto alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Ele nasceu em 21 de agosto de 1915 em Regensburg, na Alemanha. Stigler serviu como piloto de caça na Luftwaffe, a força aérea alemã, durante o conflito. Stigler se destacou como piloto habilidoso e experiente, e foi designado para o Esquadrão de Caça 27. Ele participou de várias missões de combate e se tornou um ás da aviação, com mais de 20 vitórias confirmadas sobre aeronaves inimigas.
Como foi esse encontro de compaixão na 2ª Guerra Mundial:
Em 20 de dezembro de 1943, Stigler teve um encontro notável com um avião inimigo sobre a Inglaterra. Ele estava voando em seu caça Messerschmitt Bf 109 quando avistou um bombardeiro americano B-17 Flying Fortress danificado, chamado “Ye Olde Pub”. Quando se aproximou do B-17, não acreditou no que via. Em suas palavras, ele “nunca tinha visto um avião em estado tão ruim”. A cauda e a seção traseira foram gravemente danificadas e o artilheiro da cauda ferido. O artilheiro superior estava em cima da fuselagem. O nariz foi esmagado e havia buracos por toda parte.
Apesar de ter munição, Franz voou para o lado do B-17 e olhou para Charlie Brown, o piloto. Brown estava assustado e lutando para controlar seu avião danificado e manchado de sangue.
Embora Stigler estivesse preparado para atirar no avião inimigo e derrubá-lo, ele notou que a aeronave estava perdendo altitude e seguindo em direção ao oceano. Stigler decidiu voar ao lado do bombardeiro americano em vez de atacá-lo. Ele olhou para o interior da aeronave e viu os feridos e exaustos tripulantes, e percebeu que eles não teriam chance de sobreviver se ele os abatesse.
Em vez disso, Stigler fez gestos com as mãos para indicar aos pilotos americanos que seguissem em direção à Suécia, um país neutro, onde poderiam pousar em segurança. Ele escoltou o B-17 por algum tempo, mantendo outros pilotos alemães afastados, antes de se separar e retornar à sua base.
Essa ação de Stigler foi incrivelmente arriscada, pois poderia ter resultado em sua prisão ou até mesmo em sua execução por desobedecer às ordens de atacar o inimigo. No entanto, ele decidiu seguir seus instintos e agir com compaixão, salvando a tripulação do bombardeiro americano.
Quando Franz pousou, disse ao comandante que o avião havia sido abatido sobre o mar e nunca disse a verdade a ninguém. Charlie Brown e os restos de sua tripulação contaram tudo em seu briefing, mas foram ordenados a nunca falar sobre isso.
O reencontro entre os dois pilotos
Após a guerra, Stigler se mudou para o Canadá e, mais tarde, para os Estados Unidos. Foi apenas em 1990 que a história de seu encontro com o bombardeiro americano veio à tona. Enquanto isso, Charlie Brown passou mais de 40 anos querendo encontrar o piloto da Luftwaffe que salvou a tripulação. Franz nunca havia falado sobre o incidente, nem mesmo nas reuniões do pós-guerra. Os pilotos do B-17, liderados por Charlie Brown, começaram a pesquisar e procurar por Stigler, e eventualmente se encontraram em um encontro emocional.
Finalmente se conheceram nos EUA em uma reunião do 379º Grupo de Bombardeiros em 1989, junto com cinco pessoas que estão vivas agora – tudo porque Franz nunca disparou suas armas naquele dia.
A história de Stigler e Brown se tornou um exemplo poderoso de humanidade e compaixão em meio à brutalidade da guerra.
Franz Stigler faleceu em 22 de março de 2008, aos 92 anos. Sua história continua a ser um lembrete importante de como os atos individuais de bondade podem transcender as fronteiras da guerra e tocar a vida das pessoas de maneiras profundas e significativas.