Pular para o conteúdo
Início » Irena Sendler – o anjo do Gueto de Varsóvia

Irena Sendler – o anjo do Gueto de Varsóvia

Veja mais sobre Irena Sendler – o anjo do Gueto de Varsóvia

Irena Sendler – o anjo do Gueto de Varsóvia. Irena Sendler, também conhecida como Irena Sendlerowa, foi uma heroína polonesa que desempenhou um papel fundamental durante a Segunda Guerra Mundial ao salvar a vida de milhares de crianças judias do gueto de Varsóvia. Sua história é um exemplo poderoso de coragem, compaixão e resistência diante da opressão nazista.

Irena Sendler – o anjo do Gueto de Varsóvia; como tudo começou:

Irena Sendler nasceu em 15 de fevereiro de 1910, em Otwock, uma cidade próxima a Varsóvia, na Polônia. Ela cresceu em um ambiente tolerante e humanitário, influenciada por seu pai, um médico que prestava assistência médica a comunidades judias. Durante a ocupação nazista da Polônia em 1939, ela era assistente social no Departamento de Bem-Estar Social de Varsóvia.

Quando o Gueto de Varsóvia foi estabelecido pelos alemães em 1940, milhares de judeus foram forçados a viver em condições horríveis, enfrentando fome, doenças e execuções sumárias. Irena se recusou a ficar passiva e decidiu ajudar os mais vulneráveis: as crianças. Assim, junto com um grupo de colegas e amigos, ela começou a planejar a operação de resgate que ficou conhecida como “Żegota.”




Com coragem e astúcia, conseguiu entrar no gueto como assistente social e, assim, estabeleceu contato com famílias judias que estavam dispostas a confiar-lhe a vida de seus filhos. Com a ajuda de outros colaboradores, organizou uma rede secreta para retirar crianças do gueto.

As crianças eram retiradas de várias maneiras criativas e arriscadas. Algumas delas eram escondidas em ambulâncias, em sacos de lixo, em malas, em carrinhos de mão ou até mesmo passavam por sistemas subterrâneos de esgoto para sair do gueto. Logo depois, as crianças resgatadas eram levadas para lares adotivos, orfanatos e conventos, onde eram cuidadas por famílias adotivas ou freiras.

Irena mantinha registros meticulosos de todas as crianças que conseguiu resgatar, escrevendo seus nomes em pedaços de papel que eram enterrados em jarros sob uma macieira em um local secreto, na esperança de reunir as famílias após a guerra.

A prisão

Em outubro de 1943, a Gestapo descobriu as atividades de Irena e ela foi presa, interrogada e torturada cruelmente. Mesmo sob tortura, se recusou a revelar os nomes de seus colaboradores ou das crianças escondidas. Ela foi condenada à morte, mas seus colegas da resistência conseguiram subornar um oficial alemão para que a sentença fosse alterada para prisão perpétua.

Durante os meses seguintes, permaneceu na prisão, sob constante ameaça de execução. No entanto, ela nunca desistiu de suas convicções. Em janeiro de 1945, Irena foi libertada por membros da resistência polonesa pouco antes da chegada do Exército Vermelho.

O mundo a conhece

Após a guerra, continuou sua vida ajudando os outros, trabalhando como assistente social e enfermeira. Sua história permaneceu em grande parte desconhecida até 1999, quando um grupo de estudantes do Kansas descobriu informações sobre ela enquanto pesquisavam o Holocausto. Eles escreveram uma peça teatral chamada “Life in a Jar” (Vida em um Jarro), que lançou luz sobre a incrível história de Irena.

Em 2007, Irena Sendler foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, mas infelizmente não o recebeu. No entanto, ela é lembrada como uma verdadeira heroína, e seu legado de coragem e compaixão continua a inspirar as pessoas ao redor do mundo. Irena faleceu em 12 de maio de 2008, aos 98 anos, deixando um exemplo notável de humanidade e resistência diante das adversidades mais sombrias.

error: Nosso conteúdo é protegido por Lei.